Este é um texto de autor desconhecido, que uma grande amiga, a Avó Sãozinha, me contou e reproduziu em papel. É uma história deliciosa que espero que gostem!
Estava um dia daqueles em que não apetece fazer nada.
A loucura estava em casa na companhia de vários amigos e dá um salto cheio de alegria e diz:
- Vamos jogar ao esconde – esconde.
Todos responderam, VAMOS!!!!
A curiosidade, como sempre teve de saber como era o jogo e a loucura explicou:
- Vou contar até 100 e enquanto isso, vocês vão-se esconder, quando acabar vou começar a procurar e o primeiro que eu encontrar será o que vai ficar a contar no novo jogo.
- Ok, disseram todos.
A loucura tapou os olhos e começou a contar:
- 1, 2, 3, 4,……………………..
A preguiça que estava por perto deitada num sofá pensou:
- Vou ficar por aqui, ainda tenho muito tempo para me esconder.
A contagem continuou:
- 98, 99 e 100.
- Aí vou eu! – disse a loucura.
Claro que a primeira a ser encontrada foi a preguiça que ainda continuava deitada no sofá.
Mesmo assim a loucura foi ver onde estavam os outros amigos.
A indecisão estava em cima do muro sem saber se ía para a direita ou para a esquerda.
O triunfo estava num sítio bem alto, para que todos o vissem bem.
O orgulho estava todo inchado por não ter sido o primeiro a ser encontrado.
A piedade estava todo encolhidinha atrás de uma porta.
A curiosidade estava a espreitar atrás de um armário.
E aos poucos todos foram encontrados.
A indecisão ainda estava em cima do muro, a curiosidade espreitava, a piedade encolhida, a dor a chorar, etc…
Quando estavam todos juntos a curiosidade perguntou:
- Onde está o Amor? Não o vejo por aqui.
A loucura respondeu:
- Tens razão, não sei onde está o Amor, mas vou já à procura dele.
Procurou dentro de casa, procurou no jardim, em aldeias, cidades, vales e oceanos, nada do amor.
Depois de muito andar chegou a um jardim com roseira e com um pauzinho começou a procurar.
Quando estava a mexer com o pauzinho numa roseira, ouviu:
- Ai, ai, ai!
- Quem está aí? – perguntou a loucura.
- Sou eu o amor e tu tiraste-me um olho, agora estou cego.
A loucura ficou muito aflita e disse:
- Amor desculpa! Se tu me perdoares eu prometo que nunca mais te deixo. Irei contigo a todo o lado.
O amor desculpou e foi assim até hoje. O amor é cego e louco!
3 comentários:
Obrigada
Acho mesmo uma delicia.
Beijo grande
Avó Sãozinha
Como diria o fado:
"o amor é louco
não façam pouco dessa loucura
talvez quem ria
fique algum dia
louco sem cura"
o fado tem razão e tu tambem... agora fizeste-me lembrar da minha avozinha de quem tenho tantas saudades...
Um beijinho
Eduarda
Be in ♥ love
Lindo...
Quando se Ama, Ama-se...
"Há sempre alguma loucura no amor..."
"As coisas mais belas são as que a loucura sopra e que a razão escreve..."
"As loucuras provêm da natureza íntima do verdadeiro amor..."
Obrigado por partilharem essa bela história connosco...
BJS GRANDES
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