domingo, 31 de julho de 2011

A Mulher Portuguesa Tem um Bocado de Pena dos Homens

A mulher portuguesa não é só Fada do Lar, como Bruxa do Ar, Senhora do Mar e Menina Absolutamente Impossível de Domar. É melhor que o Homem Português, não por ser mulher, mas por ser mais portuguesa. Trabalha mais, sabe mais, quer mais e pode mais. Faz tudo mais à excepção de poucas actividades de discutível contribuição nacional (beber e comer de mais, ir ao futebol, etc). Portugal (i.e., os homens portugueses) pagam-lhe este serviço, pagando-lhes menos, ou até nada.

O pior defeito do Homem português é achar-se melhor e mais capaz que a Mulher. A maior qualidade da Mulher Portuguesa é não ligar nada a essas crassas generalizações, sabendo perfeitamente que não é verdade. Eis a primeira grande diferença: o Português liga muito à dicotomia Homem/Mulher; a Portuguesa não. O Português diz «O Homem isto, enquanto a Mulher aquilo». A Portuguesa diz «Depende». A única distinção que faz a Mulher Portuguesa é dizer, regra geral, que gosta mais dos homens do que das mulheres. E, como gostos não se discutem, é essa a única generalização indiscutível.

A Mulher Portuguesa é o oposto do que o Homem Português pensa. Também nesta frase se confirma a ideia de que o Homem pensa e a Mulher é, o Homem acha e a Mulher julga, o Homem racionaliza e a Mulher raciocina. E mais: mesmo esta distinção básica é feita porque este artigo não foi escrito por uma Mulher.

Porque é que aquilo que o Homem pensa que a Mulher é, é o oposto daquilo que a Mulher é, se cada Homem conhece de perto pelo menos uma Mulher? Porque o Português, para mal dele, julga sempre que a Mulher «dele» é diferente de todas as outras mulheres (um pouco como também acha, e faz gala disso, que ele é igual a todos os homens). A Mulher dele é selvagem mas as outras são mansas. A Mulher dele é fogo, ciúme, argúcia, domínio, cuidado. As outras são todas mais tépidas, parvas, galinhas, boazinhas, compreensíveis.

Ora a Mulher Portuguesa é tudo menos «compreensiva». Ou por outra: compreende, compreende perfeitamente, mas não aceita. Se perdoa é porque começa a menosprezar, a perder as ilusões, e a paciência. Para ela, a reacção mais violenta não é a raiva nem o ódio – é a indiferença. Se não se vinga não é por ser «boazinha» – é porque acha que não vale a pena.

A Mulher Portuguesa, sobretudo, atura o Homem. E o Homem, casca grossa, não compreende o vexame enorme que é ser aturado, juntamente com as crianças, o clima e os animais domésticos. Aturar alguém é o mesmo que dizer «coitadinho, ele não passa disto…» No fundo não é mais do que um acto de compaixão. A Mulher Portuguesa tem um bocado de pena dos Homens. E nisto, convenhamos, tem um bocado de razão.

O que safa o Homem, para além da pena, é a Mulher achar-lhe uma certa graça. A Mulher não pensa que este achar-graça é uma expressão superior da sua sensibilidade – pelo contrário, diverte-se com a ideia de ser oriundo de uma baixeza instintiva e pré-civilizacional, mas engraçada. Considera que aquilo que a leva a gostar de um Homem é uma fraqueza, um fenómeno puramente neuro-vegetativo ou para-simpático – enfim, pulsões alegres ou tristemente irresistíveis, sem qualquer valor.

E chegamos a outra característica importante. É que a Mulher Portuguesa, se pudesse cingir-se ao domínio da sua inteligência e mais pura vontade, nunca se meteria com Homem nenhum. Para quê? Se já sabe o que o Homem é? Aliás, não fossem certas questões desprezíveis da Natureza, passa muito bem sem os homens. No fundo encara-os como um fumador inveterado encara os cigarros: «Eu não devia, mas.. » E, como assim é, e não há nada a fazer, fuma-os alegremente com a atitude sã e filosófica do «Que se lixe».
Homens, em contrapartida, não podiam ser mais dependentes. Esta dependência, este ar desastrado e carente que nos está na cara, também vai fomentando alguma compaixão da parte das mulheres. A Mulher Portuguesa também atura o Homem porque acha que «ele sozinho, coitado; não se governava». O ditado «Quem manda na casa é ela, quem manda nela sou eu» é uma expressão da vacuidade do machismo português. A Mulher governa realmente o que é preciso governar, enquanto o homem, por abstracção ou inutilidade, se contenta com a aparência idiota de «mandar» nela. Mas ninguém manda nela. Quando muito, ela deixa que ele retenha a impressão de mandar. Porque ele, coitado, liga muito a essas coisas. Porque ele vive atormentado pelo terror que seria os amigos verificarem que ele, na realidade, não só na rua como em casa não «manda» absolutamente nada. «Mandar» é como «enviar» – é preciso ter algo para mandar e algo ao qual mandar. Esses algos são as mulheres que fazem.

O Homem é apenas alguém armado em carteiro. É o carteiro que está convencido que escreveu as cartas todas que diariamente entrega. A Mulher é a remetente e a destinatária que lhe alimenta essa ilusão, porque também não lhe faz diferença absolutamente nenhuma. Abre a porta de casa e diz «Muito obrigada». É quase uma questão de educação.

A imagem da «Mulher Portuguesa» que os homens portugueses fabricaram é apenas uma imagem da mulher com a qual eles realmente seriam capazes de se sentirem superiores. Uma galinha. Que dizer de um homem que é domador de galinhas, porque os outros animais lhe metem medo?
Na realidade, A Mulher Portuguesa é uma leoa que, por força das circunstâncias, sabe imitar a voz das galinhas, porque o rugir dela mete medo ao parceiro. Quando perdem a paciência, ou se cansam, cuidado. A Mulher portuguesa zangada não é o «Agarrem-me senão eu mato-o» dos homens: agarra mesmo, e mata mesmo. Se a Padeira de Aljubarrota fosse padeiro, é provável que se pusesse antes a envenenar os pães e ir servi-los aos castelhanos, em vez de sair porta fora com a pá na mão.

Miguel Esteves Cardoso, in ' A Causa das Coisas '

sábado, 30 de julho de 2011

Dramas de gaja....

Não me preocupam as centenas de coisas que tenho de fazer até à hora do jantar.

Não me preocupa ter de fazer o fantastico bolo de chocolate para o meu amigo Paulo!

Não me preocupa a mala do meu filho, nem o presente do baptizado!

O que me preocupa mesmo, é que não sei que sapatos vou calçar logo....

Não sei se calce os trigresse ou os prateados....

A vida de uma mulher que adora sapatos é muito complicada.

Frase mais célebre a propósito de sapatos:

- Então e depois de ouvires esses desaforos todos não atiras-te um sapato à cabeça do rapaz????

- Um sapato?? Claro que não!! Ele podia estragar-se e eu do meu sapato gosto muito!!!!! LOL!!!!



P.S. Os sapatinhos da imagem acima, podiam estar todos na minha sapateira!!!!!

Uns azedam outros apuram 12



Ele até pode estar velho.... Eu até aceito isso, mas para mim está cada vez melhor!!!

Jorge Romão, baixista dos GNR!

É a maneira como ele salta e é o barulho daquele baixo que me deixa doida!!! Ainda ontem o vi.... LINDO!!!!




P.S. Esta rubrica hoje pode ter duas participações visto não ter existido na semana passada.

Uns azedam outros apuram 11



Ai como este apurou!!!!!!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tranquila



Hoje sinto-me tranquila....

Já não me sentia assim à meses. Se um dia me tivessem dito que depois de ser formalmente apresentada à namorada do pai do meu filho me sentiria assim. Diria que estavam loucos.

Por estranho que pareça até gostei da rapariga..... Só acho que ela merece melhor mas isso ela vai ter tempo para aprender e nestas coisas não vale a pena avisar ninguém.

Hoje sinto-me pronta para ganhar asas e voar, não me perguntem bem porquê. Sinto-me capaz de tudo!

Ainda existe esperança para mim e eu ainda serei muito feliz, se um mau caracter daqueles arranjou quem goste dele eu também terei quem me ame e me trate bem...

Ora, só não sei bem onde anda essa pessoa.... Mas pode ser que apareça!!!! LOL!!!

Nunca pensei que um acontecimento tão insignificante me pudesse trazer esta paz de espirito!

"Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam."

António Lobo Antunes

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Amy...

Rest In Peace....

Eu gostava mesmo desta miúda, espero que tenha encontrado na morte a paz que não teve em vida!



Muito complicada....

terça-feira, 19 de julho de 2011



Pode ser que um dia me encontrem...

Pode ser que um dia me valorizem....

A esperança é sempre a única que nunca morre... É por isso que é mau quando esperança é o nome da tua sogra!!!! LOL!!!

sábado, 16 de julho de 2011

Uns azedam outros apuram 10



Continua a deixar-me nervosa....

domingo, 10 de julho de 2011



Que grande verdade.....

"É erro vulgar confundir o desejar com o querer. O desejo mede os obstáculos; a vontade vence-os."

sábado, 9 de julho de 2011

Uns azedam outros apuram 9



E este apurou..... UIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

sexta-feira, 8 de julho de 2011



Ou já voltei, ou já venho a caminho...... LOL!!!!

quinta-feira, 7 de julho de 2011


"O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio."


Penso em ti a toda a hora meu filho LINDO!!!!!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?


Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'


A aventura por Lisboa, está a correr bem!!!

Não me sinto tão só como achei que me iria sentir e está a saber-me bem ver caras novas!!!!!

Só não arranjei companhia para o Optimus Alive com grande pena minha.....

Enfim.... O cartaz também não me seduzia muito!!!!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Here comes the sun



ADORO!!!!!!

Deixa-me relaxada e feliz!!!!

Sou feliz a ouvir a Nina Simone!!!!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dias dificeis....


Segundo uma pessoa que um dia conheci, sempre fui uma inutil que desistiu de tudo....

Não acho nada disso, vou guiando a minha vida pelos meus princípios e mal ou bem vou sendo recompensada por ser correcta.

Amanhã vou para Lisboa, formação no trabalho após a promoção que não pedi, mas que pelos vistos fiz por merecer.

Amanhã lá vou, sem vontade nenhuma.....

Mas vou....

Levo os meus apontamentos na mochila para estudar porque tenho de acabar o curso, nem que seja daqui a 100 anos.

O material necessário para a formação.... E as tralhas de gaja.

Levo no coração o meu filho que fica com o pai!

E levo as minhas dores, provocadas pelas minhas fibromialgias que não me deixam e que me estão a deixar doida nos últimos dias!

Que mais terei eu de enfrentar??????

Certamente terei de enfrentar muitas coisas, até porque os próximos tempos no trabalho não se advinham nada fáceis.

Existem dias, como hoje em que só me apetece deitar tudo para trás das costas e desaparecer, mas não posso fazer isso.

A VIDA É DURA PARA QUEM É MOLE!!!!!

Hoje precisava de alguém que me pudesse dar mimos e dizer que vai tudo correr bem.... mas já que não existe, fica o desabafo no meu blog!!!!

Até já!!!!!

sábado, 2 de julho de 2011