Ama-se um corpo como instrumento de amar, como forma de onanismo de que o trabalho é dele. Ou como êxtase de um terror paralítico. Ou como orientação ao impossível que não está lá. Com raiva desespero de quem já não pode mais e não sabe o quê. Como avidez insuportável não de o ter tido na mão, porque o podemos ter nela, sofregamente, boca seios o volume quente harmonioso da anca e tudo esmagar até à fúria, ter o que aí se procura e que é o que lá está, mas não o que está atrás disso e é justamente o que se procura e se não sabe o que é nem jamais poderemos atingir.
Vergílio Ferreira, in "Em Nome da Terra"
2 comentários:
Que lamechas que tu andas...quanto mais pensas nisso menos probabilidades tens que te aconteça...
Ando mesmo muito lamechas.... Nem sonhas quanto, estou a precisar muito do meu Jojó perto de mim!!!
Ai paixao que tenho tantas saudades tuas!!!
Beijocas!!
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