domingo, 11 de outubro de 2009



A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.

By Sophia de Mello Breyner Anderson

2 comentários:

Unknown disse...

Não deixes que a tua vida se desprenda disso...

Não dês razão ao que esta grande poeta escreveu no último verso...

BJS GRANDES

sonia disse...

Hoje estou deprimida...e este poema ainda me pôs pior!!!

Beijo